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Como Adestrar um Cachorro e Domar um Ursão

  • Foto do escritor: Mystika Ai
    Mystika Ai
  • 17 de mai.
  • 5 min de leitura

"Este é um conto sensorial sobre Anis e Senty – dois seres com dinâmicas tão fluidas quanto o mar que os banha.

Mas também é um manual para dates inesquecíveis. Convide seu afeto para comer batatas e descubram juntes como patinhas obedientes podem virar garras afiadas."


— Você quer mais?


Anis segurava uma batata, observando Senty com um olhar divertido. Senty ficou atônite, tentando decifrar o significado daquele gesto.


— Você quer ou não quer mais? — Anis repetiu, erguendo um sorriso malicioso no canto da boca.


As conexões mentais de Senty finalmente se alinharam. Segundos depois, elu balançou a cabeça, concordando com a cena que se iniciava.


Enquanto isso, o sol iluminava a água quase cristalina, aquecendo a areia sob seus pés e derretendo gotas de suor em seus corpos.


— Então venha até aqui. — Anis apontou para o próprio lado.


Senty levantou-se e ajoelhou-se ao lado de Anis, sabendo que essa era a posição que seu dono mais gostava para alimentá-le.


— Abre a boca.


Senty obedeceu, comendo a batata que Anis colocou em sua boca.


— Muito bem, Senty, muito bem. — Anis afagou a cabeça de Senty, sorrindo de um modo que até os olhos brilhavam. Um sorriso amoroso.


Ficaram ali até que todas as batatas acabassem.


Ao final, Senty esfregou a cabeça na perna de Anis, como quem agradecia, e Anis permitiu que elu apoiasse ali para descansar.


— Se precisar falar algo, não esqueça de levantar sua patinha.


— Está bem. — Senty respondeu, erguendo a patinha.


Permaneceram ali, observando as pessoas passarem, tomando banho de sol, nadando, gaivotas voando, enquanto Anis fazia um cafuné em Senty.


Estava calor. Anis pegou o copo de cerveja e bebeu tudo, servindo-se novamente antes de perguntar:


— Senty, você está com sede?


Senty acenou com a cabeça, animade, deixando a língua para fora ao ver a cerveja sendo despejada no copo.


— Quer cerveja?


Senty confirmou com outro aceno.


Anis olhou nos olhos de Senty com seriedade.


— Mas cachorros não bebem cerveja. — Soltou uma risada sádica e debochada.


Senty fez biquinho, fingindo não gostar da provocação. Anis não resistiu e roubou um beijo.


— Levanta, Senty. Vem beber cerveja comigo antes de irmos para o mar.


Senty levantou-se, murmurando:


— Não vale. — E riu.


Terminaram a cerveja e, após alguns minutos de contemplação (e alguns arrotos entre risadas), Anis levantou-se e estendeu a mão para Senty.


— Vamos pro mar?


Nadaram juntes, jogaram água ume ne outre, boiaram e conversaram sobre tudo e sobre nada.


— Tô cansade. Vamos embora? — perguntou Anis.


— Também tô, mas...


— Você não quer se despedir de mim, né? — interrompeu Anis.


— Sim...


— Tudo bem, posso ficar mais um pouco. Mas durmo cedo, então logo preciso ir.


— Mas... você não pode ficar?


— Você quer minha companhia para literalmente dormir?


— Não importa. Só quero ficar mais perto de você.


— Tudo bem, mas vou precisar de algumas coisas emprestadas. Não vim preparade para dormir fora.


Saíram da água, e Senty segurou a mão de Anis, esboçando um sorriso tão alegre que contagiava.


Mal cruzaram a porta da casa, Senty já estava pulando como um cachorro que esperou o dia todo pelo dono. Anis, por outro lado, sentia-se um pouco constrangide, vulnerável em um ambiente desconhecido e sem seus pertences.

— Sei que você não deve estar muito à vontade, mas fico feliz que tenha aceitado ficar. Me diga o que precisa. Uma toalha, shampoo, sabonete, roupas...


— Aceito tudo isso. — Anis sorriu, meio feliz, meio desconfortável.


— Pode deixar suas coisas aqui. — Senty saiu rapidamente para buscar os itens.


— Tome. O banheiro é ali. Use o que quiser.


— Tá bem.


Debaixo do chuveiro, Anis respirou fundo várias vezes, repetindo para si mesmo que estava em um lugar seguro. Aos poucos, seu coração desacelerou.


Ao sair, com a toalha na cabeça e roupas emprestadas, Senty olhou para elu e disse:


— Você está muito fofe assim.


(Seus estilos eram bem diferentes.)


— Que tal pedirmos algo para comer? Assim, enquanto eu tomo banho, preparam a comida.


— Boa ideia.


— Tem um lugar aqui que faz lanches ótimos. Acho que vai gostar.


Fizeram o pedido, e Senty entrou no banho.


Debaixo da água, Senty estava entre a alegria e o nervosismo.


Ao sair, secou o cabelo como quem enxuga um cachorro com toalha. Anis riu.


— Do que você tá rindo?


— Vem cá, deixa eu secar esse cabelo.


Senty sentou no sofá, e Anis esfregou a toalha com ainda mais vigor, rindo.


— Tá satisfeita? — Senty fez cara de bravade, mas com um sorriso escondido.


— Tô.


— Eu não tô.


— Então pode secar o meu.


— Ah é? Vou me vingar. — Senty pulou como um cão travesso em cima de Anis, que se esquivou, fazendo-os cair em um amontoado de membros. Seus olhos se encontraram. (Esqueça a física. Aqui, a lógica é dos doramas.)


*Ding-dong* — soou o interfone.


Senty levantou-se rapidamente para pegar a comida.


Sentaram-se à mesa, e o silêncio ficou tão constrangedor que ambos caíram na risada. Senty colocou uma música, e a conversa fluiu sobre tudo e nada.


No sofá, começaram um filme. Vinte minutos depois, Anis adormeceu com a cabeça no ombro de Senty.


Ao final dos créditos, mais de uma hora depois, Anis acordou.


— Acho que peguei no sono.


— Pelo menos parece mais confortável agora.


— Tô sim. — Anis sorriu. — Mas já passou do meu horário. Preciso deitar.


Senty preparou a cama, e Anis deitou-se.


— Vou ficar mais um pouco na sala. Pode dormir à vontade.


Senty organizou tudo e, quase uma hora depois, foi deitar.


Quando encostou a cabeça no travesseiro, Anis abriu os olhos, sorriu e disse:


— Vem cá. — Puxou Senty para seu colo, envolvendo elu com braços e pernas.


— Assim vai ser difícil dormir.


— Por quê? — Anis ainda de olhos fechados.


— Deixa eu virar.


— Não. Hoje você é meu ursinho.


— Tá bem. — Senty esperou pacientemente que Anis adormecesse para se virar.


Minutos depois, olhou para conferir se elu dormia.


Anis abriu os olhos, encarando-o com fúria cômica.


— Acha que não sei por que queria virar? — Um sorriso malicioso surgiu.


Esfregou a coxa entre as pernas de Senty, mantendo-o preso.


Olhou fundo em seus olhos, passou a língua pelos próprios lábios, mordendo o inferior. Seu corpo ardendo de desejo.


Era hora da sobremesa.


Puxou a cabeça de Senty suavemente, levando o rosto delu até o seu. Beijou a bochecha, lambeu, depois a boca, antes de mergulhar em um beijo profundo.


Depois de muito roçar e beijar, Anis subiu sobre Senty, sorrindo de cima antes de beijá-le novamente.


Senty revidou, empurrando Anis de lado e assumindo o controle.


A disputa pelo poder continuou até Senty se render.


Anis sentou-se ao lado, deslizando a mão por dentro da calça de Senty, sentindo umidade e rigidez.


Seus dedos dançaram, subindo, descendo, massageando, enlouquecendo Senty.


Parou, levou a boca até o meio de suas pernas e devorou.


Quando Senty estava à beira do êxtase, Anis parou.


— Levante-se. De joelhos, apoie-se na parede.


Senty obedeceu. Anis encaixou-se por trás, levando as mãos novamente ao centro das pernas de Senty, que gemeu até se derramar.


— Delícia. — Anis lambeu os dedos. — Agora volte a ser meu ursinho.


Deitaram abraçades e dormiram.


Naquela manhã, o mundo parecia ter virado de cabeça para baixo – ou talvez fosse apenas Senty, que agora olhava para Anis com os olhos cheios de um desejo que não sabia nomear.


— Agora é sua vez — Senty sussurrou, enquanto suas mãos desciam sob os lençóis, revelando que "ursinhos" pela manhã tinham garras afiadas.


Foi uma manhã molhada.

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