Verdades por trás do véu: uma carta do coração
- Mystika Ai

- 4 de mar.
- 1 min de leitura
Oi, meu amor,
Ontem, eu disse palavras duras,
e confesso que isso tem sido constante.
Talvez mais do que eu digo que te amo.
Mas a verdade é que estou triste,
e nunca aprendi a nomear ou sentir a tristeza.
Só me ensinaram a me proteger.
Então, visto minha armadura, essa que chamo de força,
e palavras afiadas saem da minha boca como navalhas,
ferindo você sem querer.
É um instinto que ativo quando não consigo lidar
com o turbilhão de emoções que me invadem.
É difícil admitir que estou frágil,
que essa dor me corrói por dentro,
e que minhas ações afastam justamente
as pessoas que eu mais amo,
quando mais preciso delas.
Eu não sou tão forte quanto pareço,
nem tão sábio assim.
Tenho algumas ideias de onde ir,
alguns guias que, às vezes, fazem sentido,
e, outras vezes, quero rasgar tudo
e mandar tudo pelos ares.
Não tenho a fórmula certa,
mas sei, no fundo,
que quero te amar e ser amade.
Quero cuidar de você e ser cuidade.
Quero compartilhar momentos mágicos,
construir memórias que nos aqueçam
nos dias mais frios.
Por isso, prometo prestar mais atenção
no que sinto de verdade,
nas emoções que disfarço com raiva.
Vou tentar ser mais transparente
comigo mesme e com você.
E te prometo: vou tentar todos os dias.
Me desculpe.
Te amo.
P.s.: Carta intuída após um ritual mágico de conexão com as Pombogiras e bruxas ancestrais.

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